quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Nos momentos mais dificeis

Deus, nos momentos mais difíceis preciso me lembrar que esse tempo é remoto e curto. Temos vidas tão breves e sem significado como a folha que cai. Logo ninguém mais se lembra dela e é como se ela nunca estivesse estado ali. Somos feitos do pó. Em pouco anos ninguém saberá que existimos. Mas o Senhor não, o Senhor é para todo o sempre, de eternidade a eternidade. E é incrível que alguém com tamanha infinitude, grandeza, poder e conhecimento possa compadecer-se de criatura tão finitas, limitadas, mal instruídas, egoístas, presunçosas, sem graça ou amor, que não reconhecem o seu poder, e nem se importam intimamente com nada que não possa lhes trazer proveito, que cumpre algum tipo de interesse pessoal. Por que? Por que se importar tanto? O que vê de valor? Eu não vejo esse valor, e muitas vezes, no meu egoísmo, não tenho o olhar de Cristo sobre as pessoas, e as encaro como perda de tempo, como algo que não deve ser o foco das minhas preocupações, e menos ainda do meu olhar. Olho reto, sem olhar para baixo e nem para cima. Não olho para baixo para quem clama por socorro, e nem olho para cima para quem me constrange através de seu amor piedoso e constante. Deus, como posso ter a cara de pau de me julgar melhor do que esses a quem recuso olhar? Como posso achar que não merecem um segundo da minha atenção, imaginando que a minha atenção vale tanto? Deus, como ando por essa terra acreditando que ela é minha, que posso isso ou aquilo, quando na verdade em pouco tempo ela nem se lembrará de mim? Por que viver tentando conquistar bens, títulos e conhecimento que não terão mais valor algum em tão pouco tempo? Por que trabalhar tanto e juntar tantas riquezas que não farão diferença alguma no mundo, e só me tirarão do foco que é Jesus? Só tomarão meu tempo, minha energia, minha motivação, minha visão de Reino e me farão esquecer que esse tempo é curto demais para perdê-lo dessa forma? Por que, Pai, que me esqueço freqüentemente do que Salomão, tão sabiamente nos ensinou: tudo é vaidade. Salomão diz que "este é o mal que há em tudo o que se faz debaixo do sol: o mesmo acontece a todos." (Ec. 9:3). Não interessa o que pensamos que somos, no final das contas somos todos apenas pó, e passamos como a erva do campo, e ninguém mais se lembrará de nós. Por isso Deus, me ajuda a olhar sempre para o Reino, olhar sempre para a frente, para garantir a minha eternidade ao Seu lado, porque o nosso tempo aqui é de peregrinos, que estão apenas de passagem, não para acumular riquezas, poder e conhecimento, mas para aprender sobre adoração e honrar ao nosso Rei. Não podemos firmar nossos pés nesse mundo porque ele é de areia, e logo desmorona e passa. Precisamos firmar nosso pés em rochas firmes, ou na ROCHA que é Jesus, nosso Rei, que se encarregou de abrir caminho para a vida eterna com Deus, que tem sentido, que tem significado.

Pai, nos ajuda a nos despirmos da arrogância dos nossos corações e bocas. Quero ser apenas quem sou e viver nessa brevidade de vida apenas honrando ao meu Rei, sabendo que o tempo aqui é curto, vazio e sem muito sentido, muito embora seja determinante do restante da minha vida: ao Seu lado ou sem Ti. Me livra da minha maledicência doentia e maldita que estraga o sabor e o cheiro dos meus sacrifícios ao Senhor. Me livra do meu egoísmo e desejos maus, que me levam para longe dos Teus altares e me fazer enxergar reto, sem olhar nem para cima e nem para baixo. Me tira dessa doença que é o meu pecado, que me faz esquecer porque estou aqui, e a quem represento. Me livra das tentações desse mundo. Não quero desejá-las. E ao mesmo tempo me leva para saborear a doçura da Tua presença. Eu quero ser saciada a cada dia em Ti, Jesus. Me dá o alimento vivo, a água da vida para que eu nunca mais tenha sede. Me dá o pão da vida, que vem do céu, para que nunca mais sinta fome. Não quero mais sentir fome das coisas desse mundo, dessa terra. Quero ser saciada em Ti, somente em Ti. Te amo, Jesus, obrigada por me ouvir, e porque sempre me ouve.

Em nome de Jesus, Amém

"Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece dos que o temem. Pois Ele conhece nossa estrutura; lembra-se de que somos pó. Já o homem, sua vida é como a erva; ela floresce como a flor do campo. Quando o vento passa, desaparece, e ninguém sabe para onde foi. Mas o amor de Deus para os que o temem permanece para todo o sempre, e sua justiça, para os filhos dos filhos." Sl. 103: 13-17

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